Medicação. A tal da tarja
Saudações,
PSIQUIATRIA - SAÚDE MENTAL - PSICOTRÓPICOS - ANSIOLÍTICOS - TARJA PRETA
Não são palavras novas pra mim, mas são dolorosas. Ninguém nunca imagina acordar dizendo: "Hoje tenho consulta com o psiquiatra".
Daí você busca a ajuda de que tanto precisa em um clínico geral, afinal, não tem ideia do que está acontecendo. Ele(a) lhe diz que esse tipo de acompanhamento deve ser feito pelo psiquiatra.
Logo, o pensamento mais clichê possível invade seus pensamentos: "Psiquiatra? Médico de louco". Graças a Deus, a vontade de ser ajudada foi maior do que qualquer preconceito, e fui para a consulta com o dito cujo.
Depois de toda a consulta, recebi o diagnóstico de agorafobia, mas depois descobri que seria muito mais do que isso. Saí do consultório com duas receitas, uma branca com um antidepressivo leve, e outra azul com o ansiolítico (remédio para ansiedade). Receitas azuis são prescritas para medicamentos tarja preta, aquelas que costumam ficar nos cofres das farmácias.
Traja preta. Uma simples classificação que é alvo de tanto tabu. Ora, anorexígenos (medicamentos para emagrecer) também estão na mesma categoria, no entanto ninguém fala deles. Sinceramente, acho que essa classificação só existe para que o ser humano não faça más escolhas por aí. Não dizem que "de doido e de médico todos tem um pouco?", se todos os medicamentos fossem de fácil acesso não daria muito certo, não acha?
O grande problema que surgiu foi "vou ter que tomar esse tipo de medicamento para sempre?" Minha psicóloga me fez ver essa situação de um ponto diferente. Um diabético tipo 1, daquele que não produz insulina, será que o pensamento dele é sempre "vou ter que tomar insulina pro resto da vida?" Será que algum deles não podem pensar que "Que bom que tenho a insulina pra tomar, assim posso viver". Nunca ouvi falar que ansiedade/agorafobia matam, mas a medicação nesses casos podem sim melhorar a qualidade de quem a possui. O raciocínio é simples: o diabético tipo 1 não produz insulina, então toma a insulina pra poder viver. O ansioso provavelmente tem algum caminho ou substância que não está funcionando direito, e a medicação ajuda o cérebro a funcionar. Não sou médica, nem tão pouco cientista, mas essa linha de raciocínio me ajudou a aceitar.
Vamos mudar o foco das coisas ruins? Para não sofrer, tenho que tomar remédio e fazer terapia e ESTÁ TUDO BEM.
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Au revoir
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